segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A fisica na cozinha alternativa


São muitos os mitos sobre os efeitos da comida preparada em forno de micro-ondas em nosso organismo: tumores, câncer, radicais livres em excesso, desmagnetização dos tecidos cerebrais, queda na produção de hormônios... sem falar na diminuição de nutrientes e vitaminas nos alimentos submetidos ao aparelho. Lenda urbana? Apesar de muita pesquisa e controvérsia, nada foi comprovado até hoje. O certo é que quem possui o eletrodoméstico em casa festeja as facilidades geradas por ele, principalmente rapidez e praticidade.

Físico não vê problemas

Um forno típico, desses à venda nas lojas de eletrodomésticos, emite micro-ondas de 500 a 1000 watts de potência, numa frequência de 2,5 Ghz (giga-hertz). Essas ondas eletromagnéticas — geradas por um componente chamado magnetron — aquecem o alimento ao fazer vibrar suas moléculas de água, gerando energia cinética. O calor aquece os alimentos da superfície para o interior.

O equipamento foi criado pelo engenheiro e cientista norte-americano Percy Lebaron Spencer e passou a ser utilizado em 1946.

Como o corpo humano é constituído em sua grande parte por água, e como as ondas eletromagnéticas do forno atingem basicamente as moléculas de H2O, alguns cuidados devem ser observados em seu manuseio.

Mas segundo o físico Gilberto Morel, as micro-ondas não atingem o usuário devido à tela que protege o aparelho; e como o comprimento das ondas é maior do que os orifícios da tela, elas não escapam. Isso, claro, em fornos devidamente vedados, de fábrica. Daí, a importância da manutenção.

“Só seria prejudicial à saúde se as ondas escapassem e atingisse diretamente a pessoa. Caso contrário, não há problema algum”, afirma Morel. Ele também desmitifica crenças como a necessidade de esperar alguns minutos antes de abrir a porta do forno após ele dar o sinal de fim do processo de cozimento ou ficar próximo ao aparelho durante essa ação. “Quando o tempo programado acaba, o magnetron para de funcionar e não emite mais radiação.” Gilberto Morel esclarece que todos nós estamos em contato direto com micro-ondas e cita como exemplo maior os telefones celulares e até mesmo os raios ultra-violetas do sol. “Nós somos atravessados constantemente por essas ondas; o que diferencia é a frequência delas. Quanto maior, mais elas penetram. Por isso é prejudicial bater raio-x o tempo todo. O princípio é o mesmo.”



Aluno; Ithallo Araújo Pereira

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