quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Culinária alternativa: comida sim e cheia de arte

Carolina Leal, JB Online

RIO - Frutas, legumes, hortaliças e sementes germinadas dão forma aos desenhos que poderiam ser expostos em uma galeria de arte, mas, nesta mostra de design e gastronomia, as obras são oferecidas à degustação. Este, pelo menos, é um dos conceitos do trabalho da professora de design Ana Branco, que junto a um grupo de voluntários no projeto BioChip, da PUC-Rio, investiga novas formas de ingerir, com prazer, alimentos naturais crus, num a linha de alimentação alternativa chamada de comida viva.

- Quando você olha inhames, abóboras, verduras cruas, pode não ter a mínima vontade de comer - comenta Ana. – Mas, ao ver uma composição bonita, ou que a berinjela com tomate e pasta de batata baroa tomou a forma de uma panqueca, sua memória afetiva é ativada e a vontade de comer é instigada. Você passa a ingerir beleza e a sentir bem.

Germinação

Como sugere o nome, na alimentação viva, o que importa é a vitalidade dos alimentos, não só em cores, mas também em nutrientes. Tudo vem da terra e deve estar muito fresco, sem conservas e cozimentos, ou elementos de origem animal, como carne e leite. Para potencializar a energia vital dos grãos, os adeptos acreditam na germinação.

– Quando você cozinha o alimento, ele morre e perde parte dos seus nutrientes e a sua energia vital, que vêm da natureza e será ingerida pelo ser humano – acredita a professora. – A mesma perda de vitalidade acontece quando o alimento é colocado na geladeira. Já as sementes, quando germinadas têm seu potencial de energia e valor nutritivo aumentado em 20 mil vezes por estarem no auge de sua vida .

De acordo com Ana Branco, os alimentos podem ser levemente aquecidos, mas nunca acima da temperatura que o corpo suporta. Para isso, são feitas invenções como esquentar a comida em cima da tampa da panela ou no sol.

Maria Luiza Nogueira conheceu a alimentação viva após ter um problema de saúde, que resultou em uma mudança de hábitos. O gosto foi tão grande que ela fundou o Projeto Terrapia, ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que relaciona culinária viva e promoção da saúde.

Mas há nutricionistas que fazem ressalvas à comida viva. É o caso de Eric Slywitch, da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). Ele admite que a alimentação viva tem um poder nutritivo alto pela extração de líquidos a partir de frutas e verduras e que a germinação de sementes libera componentes químicos que ajudam na prevenção do câncer. No entanto, alerta que as sementes germinadas provocam uma perda de nutrientes, como zinco e ferro. E ao retirar ovos e laticínios da dieta, é preciso ter uma alimentação muito balanceada para não ter perda de vitaminas, como a B12:

– No caso do grãos de arroz e trigo, se você germina, perde nutrientes, então, é melhor utilizar o cozimento, que só afeta consideravelmente o valor nutritivos se for muito prolongado.

Rose Nascimento, que conheceu a comida viva com o marido, confessa que é preciso organização para manter o estilo de vida.

– É um processo de transição, que requer organização e apoio. Quando você começa a ingerir esse tipo de alimento seu paladar e comportamento mudam, de modo que você passa a não querer mais as comidas de antes – diz a voluntária do Biochip. – É uma mudança de dentro para fora. Somos o que comemos.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Receitas Alternativas - I

Bolinhos de Folhas de Beterraba

1 copo de talos e folhas lavadas e picadas

2 ovos

5 colheres (sopa) de farinha de trigo

2 colheres (sopa) de água

Cebola picada

Sal à gosto

Óleo para fritar

Bata bem os ovos e misture os outros ingredientes. Frite os bolinhos em óleo quente e escorra em papel absorvente.

Doce de Casca de Banana

5 copos de cascas de banana nanica, bem lavadas e picadas

2 1/2 copos de açúcar.

Cozinhe as cascas, em pouca água, até amolecerem. Retire do fogo, escorra, reserve o caldo do cozimento e deixe esfriar. Bata as cascas e o caldo no liqüidificador e passe por peneira grossa. Junte o açúcar e leve novamente ao fogo lento. Mexendo sempre, até o doce desprender do fundo da panela.

Bolinho de talo de Brócolis


2 xícaras (chá) de talos de brócolis cozido

2 ovos

1 cebola média picada

Sal à gosto

6 colheres (sopa) de farinha de trigo

Óleo para fritar.

Bata no liqüidificador os talos cozidos juntamente com os ovos. Retire e misture os ingredientes restantes. Frite as colheradas em óleo quente.

Ramas de Cenoura Crocante

1 xícara de farinha de trigo

1 colher (sopa) de óleo

Sal a gosto

30 raminhos de folhas de cenoura

Óleo para fritar

Misture a farinha com o óleo, o sal e 1/2 xícara de água. Passe ligeiramente os raminhos na massa sem cobrí-los totalmente e frite no óleo quente.

Geléia de Casca de Abacaxi


Cascas de um abacaxi

4 copos de água

Açúcar, o quanto baste

3 colheres bem cheias de maisena .

Lave com uma escovinha as cascas do abacaxi. Bata as cascas junto com a água no liqüidificador. Passe por uma peneira. Junte o açúcar e a maisena dissolvida. Leve ao fogo e deixe cozinhar bem. Despeje em pirex previamente umedecido. Sirva gelado.